Por
Gazeta Paços de Ferreira

05/03/2021, 1:26 h

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OS FINS DA PRISÃO vs O FIM DAS PRISÕES (III)

Manuel Maia

Tenho vindo a falar, nestes dois últimos números, dum trabalho que apresentei, em jeito de tese, sobre criminologia. E, nestas breves linhas, atenho-me, tão somente, ao que escrevi como introdução…

Prossigamos, então…

Para a elaboração deste trabalho partimos do pouco elaborado “senso comum”, e procuramos, através da racionalidade, atingir a objectividade. Enfim, tentamos o trilho da “Ciência”. No entanto, temos consciência de termos ficado muito aquém desta meta, porquanto nos perdemos em especulações, por vezes, sem controlo e nada científicas, mas muito próprias de quem começa algo de novo; muito próprias de quem se deixa mover por certos entusiasmos; muito próprias de quem esbarra no emaranhado complexo das Ciências Sociais.

Em Ciência, é tão importante esclarecer como duvidar ou levantar problemas novos. Com o presente trabalho não se pretende esclarecer nada a alguém, apenas lançar dúvidas sobre algo que a todos parece razoável: “a pena de prisão”.

Uma “introdução” é uma nota explicativa dum trabalho; uma apresentação simplificada do mesmo.

Para reduzir ao essencial o nosso Plano de Investigação três palavras apenas:

- HISTÓRIA: enquadramento teorético.

- CRÍTICA EPISTEMOLÓGICA: enquadramento sistémico.

- OBJECTIVO: fim do objecto (Prisão): enquadramento fenomenológico.

Em síntese:

É nosso “Objectivo” saber qual o efeito das penas de prisão sobre os detidos, sobretudo “primários”, no que concerne às suas atitudes, ideias, expectativas e crenças, face à prisão.

É nosso “Objecto” a prisão (sistema prisional).

É nosso “Método” o inquérito padronizado e a observação (antes, durante e depois do cumprimento da condenação).

É nosso “universo”, reclusos primários e ex-reclusos.

P.S. – A introdução do trabalho que apresentei, em princípios dos anos 90, no final do Curso de Pós-Graduação em Criminologia, ministrado na Faculdade de Psicologia e de Ciências de Educação da Universidade do Porto, sob os auspícios do Centro de Ciências do Comportamento Desviante, termina aqui. No entanto, no próximo número deste Jornal irei explicar certas questões que entendo terem ficado mal-esclarecidas e dizer a que propósito decidi levar, agora, este tema até vós

Manuel Maia

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