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Gazeta Paços de Ferreira

19/05/2025, 0:00 h

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Economia Opinião

LITERACIA FINANCEIRA

Tem-se assistido em Portugal a um aumento do montante total de créditos. A garantia pública no crédito habitação destinada a jovens para comprar a sua primeira casa também para isso tem contribuído. Mas não só o crédito habitação: crédito ao consumo e crédito automóvel também têm aumentado. Mas o que deve ser tido em conta na altura de contrair essa dívida?

Por Raquel Silva (Economista)

 

No artigo de Junho de 2024 desta coluna, falámos no conceito de Taxa de Juro e foi dito que existem muitos tipos de taxas de juro. Hoje vamos falar de duas: a taxa de juro anual nominal (TAN) e a taxa anual de encargos efectiva global (TAEG). Como se distinguem?

 

A TAN representa a taxa de juros anual do empréstimo. É a taxa que reflete o custo dos juros, mas não inclui outros encargos. A TAN é um dos principais indicadores a serem considerados ao analisar um crédito, mas não deve ser o único! Já a TAEG distingue-se da TAN por contabilizar, além dos juros dos empréstimos (expressos pela TAN), todos os outros encargos (tais como seguros e comissões) que o cliente terá de pagar pelo crédito. A TAEG mede o custo do empréstimo para o cliente, por ano, em percentagem do montante emprestado.

 

A TAEG pode ser usada para comparar propostas de crédito. Para propostas de crédito com o mesmo montante, prazo e modalidade de reembolso, a proposta com TAEG mais baixa é a mais barata para o cliente. Pode acontecer em 2 empréstimos (vamos designá-los de 1 e 2) a TAN ser inferior no empréstimo 1, mas a TAEG ser inferior no empréstimo 2. Nesse caso, tudo o resto constante, o empréstimo mais barato seria o 2.

 

 

 

 

A TAEG do crédito é indicada na informação pré-contratual que é fornecida ao cliente – ou seja:

• na FIN – Ficha de Informação Normalizada, no caso do crédito aos consumidores, na secção “Custo do crédito”;

• na FINE – Ficha de Informação Normalizada Europeia, no caso do crédito à habitação e de outros créditos garantidos por hipoteca, na secção “Taxa de juro e outros custos”.

 

Não se limite a uma proposta de crédito, mesmo que seja do banco onde já é cliente ou de uma instituição recomendada; compare várias ofertas. Para facilitar a comparação entre propostas, e porque os dados e a forma como são apresentados nem sempre ajudam nessa tarefa, há alguns pontos essenciais a ter em atenção: além da já citada TAEG, compare também o MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor; representa o custo total do crédito) e o conhecido Spread (a margem de lucro do banco).

 

Mas e a taxa de esforço? Como saber qual é a minha? Devo preferir uma taxa de juro fixa, variável ou mista? Posso juntar créditos antigos a este novo empréstimo? No próximo artigo, vamos responder a estas e outras perguntas!

 

 

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