15/06/2021, 1:51 h
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Hoje vou ser breve. Muito parco em palavras. Longos textos são enfadonhos.
Sabem qual a utilidade das prisões? Eu digo. Servem para engrossar os exércitos dos vários grupos terroristas. É ali que eles recrutam seus guerrilheiros.
Sabemos, pelos vários Órgãos de Comunicação Social, que há, pelo menos, sete terroristas lusodescendentes inseridos nas hostes do Estado Islâmico - EI. Mas não sabemos quantos perfilam ao lado das tropas libanesas do Hezbollah. Quantos alinham no Al-Qaeda “a base”. Quantos dão o corpo ao manifesto pelo Hamas (movimento de resistência islâmica). Também nada sabemos quantos enfileiram no magote dos Boko Haram, movimento terrorista que proclama em altos gritos que a educação não Islâmica é pecado, o ocidente é pecado e são especialistas em raptar crianças para as “educar”. Também não sabemos quantos lusodescendentes há a combater ao lado dos Jihadistas; dos Daesh; dos Isis; dos Taliban…
Pois bem, repito: as cadeias são a fonte que alimenta estas forças terroristas. E porquê? Porque na prisão o que mais se cultiva é o ódio. Claro que não estou a falar só das cadeias portuguesas!
Cingirmo-nos só às prisões como fábrica de terroristas é sermos muito reducionistas. Na verdade, não é só nas prisões que aqueles grupos, que eu citei de cor, mas sei que há muitos mais lá para o extremo oriente, não é só nas prisões que os angariadores encontram massa humana pronta para espalhar o terror por esse mundo fora. Os especialistas no recrutamento encontram, ao virar da esquina, pessoas que são casos extremos de inadaptação à vida real e outros tantos inadaptados à vida social. Pois bem, também estes embarcam, com a maior das facilidades, no banditismo.
Prisão gera ódio; ódio gera repulsa; repulsa gera aversão às pessoas… Neste ciclo vicioso encontramos o ovo do crime. Quem odeia, facilmente comete as maiores atrocidades e é capaz de se entregar aos maiores devaneios. Entrar neste ciclo vicioso, é entrar num beco sem saída.
Acho sobremaneira importante o papel dos visitadores das cadeias, homens e mulheres de boa vontade das várias confissões religiosas; bem como o papel dos voluntários que se entregam à nobre missão de levar uma palavra de conforto a quem dela tanto precisa.
Manuel Maia
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