“SEROENSE” é um pequeno Jornal informativo da Junta de Freguesia de Seroa.
A primeira edição saiu em Dezembro e, por ser de periodicidade quadrimestral, presume-se que a próxima edição saia, agora, por todo o mês de Abril.
Parabéns, Sr. Presidente da Junta, por tal iniciativa. Diria, sem rebuço, tratar-se de um acto cultural. É muito importante informar e esclarecer os seus “fregueses” (“freguês” é o termo correcto para designar habitante de uma freguesia. Neste caso, nada tem a ver com “clientelismo”, pessoas que servem um patrício).
O que digo em relação ao “SEROENSE” direi o mesmo, em relação a qualquer outro Jornal de igual teor. Se hoje é do “SEROENSE” que vou falar, é porque Seroense me considero e, por isso, à minha Terra darei primazia.
Felicitei o Dr. Rui Barbosa por esta iniciativa. E porquê? Porque quando leio um Jornal, nunca deixo de ler o seu Editorial. Ora, aqui, o Sr. Presidente começa por referir a necessidade de “documentar todo o espólio histórico, cultural…”
Palavras que me sensibilizaram bastante. Mais agradado fiquei quando li que “o trabalho jornalístico será assente em informação credível e documentada…”
Temo, no entanto, que ao deixar claro que o “SEROENSE” é um Jornal da Junta de Freguesia, possa vir a ser um Jornal “fechado”, uma espécie de “Instituição Total”, no dizer de Michel Foucault, e fuja “à luz da legislação em vigor…”
Para que tal não aconteça basta que se crie um espaço de “OPINIAO PÚBLICA” e se dê a palavra a todos os Seroenses, seja qual for a sua “cor”.
Se o Sr. Presidente quiser fazer uma “radiografia” da sua freguesia é aos críticos que deve dar a palavra. São estes que lhe dirão as verdades. Os amigos dizem sempre bem…!
Na primeira página, folha de rosto, quase tudo me agradou. Sobretudo, saber que “Seroa Vai Ter Museu Cultural e Etnográfico”, que o “Parque de Lazer Vai Ser Ampliado” e que o “grande”, em largura, Fernando Mendes, passou por cá.
Quanto à entrevista feita ao Prof. Arménio de Assunção Pereira, claro que me desiludiu! Estava à espera que ele nos dissesse o que fez, especificamente, por Seroa.
Qual a justificação para substituir, ou consentir na substituição da lápide que dizia SALÃO PAROQUIAL DE SEROA por aquela tabuleta onde está inserido o seu nome? Mas, ele, sobre isto: NADA! Nada disse que justificasse tal substituição.
Todo o verdadeiro Seroense sabe que a primeira lápide se encontrava no frontispício do Salão Paroquial de Seroa desde a sua inauguração, 1937, portanto há cerca de 85 anos. (verdadeiro Seroense é aquele que nasceu, viveu e em Seroa quer ser enterrado.)
A que propósito aparece, agora, esta tabuleta a dizer-nos que o edifício foi inaugurado em 27/11/1993? Isto é um embuste, uma mentira, uma fraude… Uma loucura!
E, por falar em loucura, Paços de Ferreira “arrisca-se” a ultrapassar o Entroncamento em termos de fenómenos estranhos.
Veja-se o caso da água canalizada: quanto mais se gastar menos se paga, verdadeira propaganda ao consumismo de um bem que vale ouro.
Garanto que a culpa não é do actual Executivo Municipal. Algum interesse obscuro deve ter estado por detrás desta acção. Acção que a todos nos envergonha. Paços foi motivo de chacota, de norte a sul de Portugal e, mesmo, além-fronteiras.
Outra coisa: quem renega as suas origens e o seu passado renega-se a si próprio. Nós somos aquilo que fomos. Esta “sentença” não é minha, é de qualquer livro de Psicologia.
Parabéns ao novo executivo Seroense; ao Rancho Folclórico de Seroa; aos Campeões Nacionais de Matraquilhos; aos Mustasche Bastards; aos Leões de Seroa; a todos os Empresários, e a todos aqueles que trabalham, desinteressadamente, em prol da Nossa Freguesia …
Importa fazer um “diagnóstico” à Associação de Ciclismo, para saber da sua viabilidade prática e, em caso afirmativo, dar-lhe todo o apoio. Estas Associações são o verdadeiro ex-libris da nossa Terra. São elas que projectam Seroa… Portugal fora, Mundo além.
Continuação no prox. nº
Manuel Maia
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