14/09/2025, 0:00 h
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OPINIÃO POLÍTICA
Por Célia Carneiro (Presidente de Mulheres Social Democratas de Paços de Ferreira)
Foram gastos mais de 5 milhões de euros na sua reabilitação e ampliação, (supostamente) com base em quatro estudos técnicos, e o resultado foi uma estrutura incapaz de responder às necessidades. Aliás, a incompetência socialista neste dossier é evidente pelo facto desta obra ter resultado em menos capacidade na infraestrutura do que a existente antes da intervenção.
O que correu mal? O projeto? O empreiteiro? A tecnologia? Ou, acima de tudo, a responsabilidade e fiscalização, política e técnica que deveria ter assegurado que um investimento desta dimensão servia a população e o ambiente? A verdade é que os pacenses nunca obtiveram uma resposta clara.
Em março de 2024, o país assistiu com espanto a buscas policiais na Câmara Municipal, envolvendo 100 militares, inspetores do IGAMAOT e a Polícia Judiciária, numa investigação sobre possível crime ambiental. Como se não bastasse, pela primeira vez, Paços de Ferreira viu o nome do município associado à devolução de fundos comunitários por má utilização dos mesmos. Um “carimbo lacrado” nos membros da maioria socialista desta Câmara Municipal e uma vergonha que mancha este ciclo político.
Na Assembleia Municipal, pedimos explicações. A resposta foi sempre a mesma: silêncio, fuga e adiamento. Foi-nos prometida uma assembleia extraordinária para discutir a ETAR. Nunca aconteceu. O Partido Socialista recusou-se, durante todo este processo, a olhar os pacenses nos olhos e assumir responsabilidades.
Agora anunciam uma nova ETAR, orçada em até 22 milhões de euros, garantindo que desta vez será diferente. Mas perguntamos: e antes? Não era obrigação atestar a competência de quem estudou, projetou e construiu? Como confiar agora em quem falhou tantas vezes? E que exige agora também que a população pague 12 milhões de euros pelos seus erros, na fatura da água e saneamento?
Para as Mulheres Social Democratas de Paços de Ferreira, este é um caso de transparência, de responsabilidade e de respeito pelas pessoas. O atual presidente, Vereador com o Pelouro do Ambiente à data, liderou todo o processo. Liderou os estudos, a adjudicação e a obra. E é também ele que agora tenta fugir às consequências de uma gestão política (financeira) desastrosa para o nosso concelho.
Chegamos ao fim de um ciclo. Um ciclo marcado pela falta de respostas, pela irresponsabilidade política e por investigações criminais. Paços de Ferreira merece MAIS. Merece líderes que olhem de frente, que falem verdade e que não fujam às suas responsabilidades.
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