29/10/2024, 0:00 h
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OPINIÃO
Freamunde, cidade histórica e vibrante no concelho de Paços de Ferreira, destaca-se pelo seu desenvolvimento, forte identidade cultural e tradições únicas. Com mais de 7.800 habitantes, supera em população alguns concelhos portugueses constituídos por uma única freguesia, como Alpiarça, Barrancos, Porto Santo, São Brás de Alportel e São João da Madeira. Estes exemplos mostram que, mesmo com uma estrutura administrativa simplificada, é possível gerir eficazmente os recursos e proporcionar uma elevada qualidade de vida.
Uma das riquezas que tornam Freamunde única é o Capão de Freamunde, produto regional de excelência com Indicação Geográfica Protegida (IGP), sendo o único do país. Este património gastronómico não só reforça a nossa identidade cultural, mas também impulsiona a economia local e projeta o nome de Freamunde a nível nacional e internacional.
A legislação portuguesa permite a criação de novos concelhos desde que cumpram critérios como a população mínima, viabilidade económica, capacidade administrativa e infraestruturas básicas. Freamunde, com o seu dinamismo empresarial, a riqueza cultural do Capão e uma comunidade empenhada, reúne estas condições para aspirar à elevação a concelho.
Contudo, ao longo dos anos, Freamunde tem sido alvo de inúmeras promessas não cumpridas pelas entidades responsáveis:
Este padrão de promessas não concretizadas alimenta a frustração entre os freamundenses. Apesar de contribuirmos significativamente para o orçamento municipal e de termos um produto único como o Capão de Freamunde, as nossas necessidades são negligenciadas. Impedimentos constantes atrasam o cumprimento das promessas, levando ao cansaço e à desistência da nossa luta.
É crucial lembrar que o futuro de Freamunde está nas mãos dos seus cidadãos. Com união e determinação, podemos transformar a nossa cidade na melhor e mais feliz de Portugal. Temos uma população dedicada, recursos económicos, um produto gastronómico único e uma identidade cultural singular.
A independência administrativa permitiria gerir os nossos próprios recursos, direcionando-os para projetos que beneficiem realmente a comunidade. Não se trata de criar divisões, mas de assegurar que os interesses de Freamunde sejam representados e que as promessas sejam cumpridas.
Durante as eleições, ouvimos declarações de afeto por Freamunde. "Freamunde é como se fosse a minha terra", dizem muitos candidatos. Contudo, após as eleições, essas palavras raramente se traduzem em ações. Os anos passam, os projetos ficam no papel e o desenvolvimento é uma miragem.
Chega de sermos enganados e deixados para trás. É hora de lutar pelo nosso lugar no mapa e pela nossa independência enquanto concelho. A força de Freamunde está na união, na riqueza do nosso Capão e na crença de que merecemos mais. Acreditem em vocês, não tenham medo – com luta é possível. Não queremos divisão, mas infelizmente não há outra solução; fomos sempre enganados.
Está nas mãos de cada freamundense decidir: continuar a depender de falsas promessas ou sermos livres para construir a cidade que sonhamos. Com união e os impostos que geramos, é possível fazer de Freamunde a melhor e mais feliz cidade de Portugal.
Se queremos que Freamunde tenha o destaque que merece, unamo-nos em torno desta causa. Exijamos o que nos é de direito e trabalhemos juntos para alcançar a independência administrativa que nos permitirá gerir o nosso destino.
Freamunde, a nossa terra, o nosso futuro
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