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Gazeta Paços de Ferreira

03/10/2022, 0:00 h

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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL vs INTELIGÊNCIA RACIONAL (II)

Manuel Maia

Isto significa exactamente aquilo que venho repetindo, isto é, a maior parte das nossas decisões são impulsionadas pelas nossas emoções.

 

No último artigo veio à tona a questão do POC – Perturbação Obsessiva Compulsiva. É evidente que se trata de uma doença. Sofre deste tipo de doença todo aquele que padece de desequilíbrio ou falta de compatibilidade entre a Emoção e a Razão; entre o sentimento e o entendimento. “O coração tem razões que a própria razão desconhece” (Blaise Pascal). Isto significa exactamente aquilo que venho repetindo, isto é, a maior parte das nossas decisões são impulsionadas pelas nossas emoções. Por isso, é preciso que compreendamos primeiro estas emoções, muitas vezes avassaladoras, para somente depois tomarmos quaisquer decisões, sejam elas quais forem. “Toda e qualquer expressão racional está baseada em emoções” (António Damásio). Por isso, a meu ver, os que pensam têm dificuldade em atuar e os que atuam muitas vezes não pensam. Caem neste labiríntico saco sem fundo todos os ditadores. Cito, de cor, o nome de alguns que me vêm à memória: Benito Mussolini, Adolfo Hitler, Napoleão Bonaparte, Josef Stalin, Augusto Pinochet, Sadam Hussein, Francisco Franco, Nicolas Maduro, Mao Tsé-Tung, Fidel Castro…. Uns ligados ao fascismo, outros ao nazismo, outros à megalomania, outros ao capitalismo, outros ao comunismo e todos, mas mesmo todos, uns requintados facínoras. É com muita tristeza, pesar e dor que recordo o nome destes criminosos, entre os milhares que ao longo da história espalharam o terror. Tomara eu que estivessem todos enterrados e com eles as tristes memórias que nos legaram. Mas infelizmente não estão. Há Nações e Estados que teimam em seguir estes maus exemplos. Não aprenderam nada com as lições de História. Pelo contrário, a tendência é seguirem as peugadas destes apóstolos do mal. Por exemplo, o Brasil vai ter que escolher, como seu representante máximo, entre um ladrão e um assassino. Escolha difícil, diga-se de passagem. A guerra entre a Rússia e a Ucrânia é outro exemplo. Putin é um vilão. Um escravo da paixão. Um megalómano com a mania de que é um czar, um césar, um augusto, enfim, um venerável imperador…por isso recorre à “regressão e fixação” do império russo que teima em restaurar, tirando a liberdade aos povos que se quiseram libertar das garras do comunismo, auto-proclamando-se Estados Independentes. Repito, Putin não passa dum reles vilão. Um ser desprezível. Um objecto, abjecto, nas mãos dos oligarcas, pessoas com muito dinheiro e, por isso se julgam muito poderosas, a pontos de dominarem uma parte dos interesses da Rússia. Pois é, Putin não passa de uma marionete nas mãos desta gente. Gente sem escrúpulos. Gente que relega para os quintos do inferno tudo o que seja razoável, deixando vir ao de cima tudo o que é emoção, paixão, exaltação…Gente, como referi aqui há dias, tão pobre, tão pobre, tão pobre que só tem dinheiro. De resto, mais nada! Nem cultura, nem civismo, nem educação, nem respeito, nem polidez, nem cortesia…nada!

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Falar em diplomacia com ditadores é linguagem que não entendem. A “obsessão” cega-os e a “compulsão” guia-os. No final, como pano de fundo, a guerra. E, com ela, a destruição, o caos, a miséria…

Não preciso gastar muito latim, para descrever os tempos que nos coube em sorte viver. As atrocidades que “vemos, ouvimos e lemos” falam por si.

O mundo está, como sempre esteve, uma confusão. As pessoas fogem, sem saber para onde. São párias no seu próprio país. E sofrem, como sempre sofreram. Só que agora, sofrem em carne viva.

Cont. prox. nº

Manuel Maia

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