03/06/2024, 0:00 h
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OPINIÃO
Por Raquel Silva (Economista)
OPINIÃO - ECONOMIA
1º mito:
“É melhor ter o dinheiro debaixo do colchão do que nos bancos.”
Além de o dinheiro físico estar sujeito a intempéries e a roubos, o perigo maior é outro: a inflação (que é a subida generalizada dos preços). Significa isto que, ao longo do tempo, o dinheiro estará a desvalorizar, se não for investido e você estará a perder poder de compra. No entanto, muitos têm medo de depositar o seu dinheiro no Banco. Haverá razão para isso? Não. Desde que o dinheiro esteja em depósitos (à ordem ou a prazo), esse valor está protegido pelo Fundo de Garantia de Depósitos, ou seja, até €100.000 todos os depósitos estão garantidos mesmo que o Banco vá à falência.
2º mito:
“A poupança é a melhor forma de garantir estabilidade financeira.”
É fundamental poupar. No entanto, se guardar a sua poupança em casa ou numa conta de Depósitos à Ordem, não ganhará juros nenhuns com isso, e está a perder o efeito de multiplicação que pode incidir sobre o seu dinheiro se ele estiver investido. E há produtos com capital garantido e risco quase zero onde pode investir o seu dinheiro (Certificados de Aforro ou novas subscrições de Depósitos a Prazo, por exemplo.)
3º mito:
“Investir é só para ricos.”
Não precisa de gastar fortunas na Bolsa para fazer um investimento que lhe traga lucro. Hoje em dia, com pouco dinheiro (a partir de €1), já pode investir em activos financeiros (tais como os ETFs, que são fundos de investimento negociados na Bolsa de Valores, geridos de forma passiva e que replicam um determinado conjunto de activos).
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4º mito:
“Investir na Bolsa é como jogar num casino.”
Há muitas diferenças; no entanto, a principal é que, ao contrário dos casinos, por trás de uma decisão de um determinado investimento em Bolsa há (ou deve haver) um trabalho prévio de recolha de informação e documentação económica real e verificada.
5º mito:
“Investir em imóveis é sempre uma opção segura.”
Investimentos imobiliários podem ser bons investimentos, mas há também que ter em atenção os custos associados (crédito, impostos associados à compra, condomínio, reparações, etc). No entanto, talvez o principal entrave seja a liquidez (ou falta dela). Todos os activos têm um grau de liquidez associado (a rapidez com que esse activo é convertido em dinheiro) e a dos imóveis é baixa.
Estes são apenas cinco mitos, mas há muitos mais. Quando ouvir da próxima vez uma destas frases, já sabe por que está errada!
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