05/07/2025, 10:15 h
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Desporto Opinião Pedro Queirós
OPINIÃO
Por Pedro Queirós
Há jogos interrompidos por ameaça de mau tempo e nem uma gota cai durante mais de meia hora. Vamos começar a ver um jogo da nossa seleção às 2h da manhã e, quando acabar, é hora de entrar no trabalho. Claro que é um exagero, mas é preciso perceber que o que se tem passado nesta nova competição não tem lugar no futebol atual.
Outra coisa que dá para perceber é que este modelo não resulta. As equipas europeias estão a aproveitar as praias; os jogadores não querem lá estar; os adeptos têm pouco interesse em ver. A época terminou em Maio. Praticamente todas estão no período habitual de férias.
Com a nova temporada a iniciar na primeira quinzena de Agosto, os atletas ou não têm férias ou não têm pré-época. Para os sul americanos que jogam na Europa, as férias do ano passado foram substituídas pela Copa América, as deste ano pelo mundial de clubes e as do próximo ano serão substituídas pelo mundial de seleções. Impensável.
Os brasileiros estão em êxtase pela queda dos europeus, sobretudo os portugueses, mas esse é um não assunto. As melhores equipas do futebol são europeias, em todos os aspetos. Filipe Luís treina o Flamengo e já o disse publicamente.
O futebol tornou-se num negócio de milhões e há que arranjar forma de pagar os salários chorudos dos protagonistas, mas ninguém pediu uma competição destas. Estragar o início da próxima época, colocar os jogadores em risco depois de mais de 60 jogos, jogos constantemente interrompidos e alguns até bem perto do final.
Em 2029, se a FIFA for competente, este modelo já não se repetirá.
Eu sou contra esta competição, com este modelo, e com as regras que se têm verificado. Mas, se, no próximo ano, Portugal estiver a jogar a final do mundial e o jogo for interrompido por ameaça de mau tempo, eu fico acordado à espera do fim, prometo. Mesmo a saber que não vai cair nem uma gotinha de água. Só da minha testa… mas isso são nervos.
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