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Gazeta Paços de Ferreira

22/11/2025, 11:19 h

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OUTRA VEZ, EM MODO DE RESET

Opinião Opinião Politica Partido Comunista CRISTIANO RIBEIRO

OPINIÃO POLÍTICA

Muitos terão visto que há uma tendência generalizada do governo de direita da AD (e na justa e prolongada tradição de anteriores governos) para não responder aos grandes desafios políticos da atualidade, procurando somente esconder, adiar, desmobilizar, mistificar. É a política do reset, palavra cujo significado preciso é repor, redefinir, reconfigurar. Como se bastasse um qualquer golpe publicitário ou dedo no botão informático para tudo se transformar no País das Maravilhas…

Por Cristiano Ribeiro (Médico e Militante do PCP)

 

Há problemas gravíssimos na gestão do SNS, com encerramento de unidades assistenciais numa conjuntura assumidamente exigente. Todos o sabemos. E como se responde a esses problemas? Alguns diriam com o aliviar da contratação de profissionais, os que vão sendo atraídos para o sector privado, com melhores condições de fixação através de contratações com um valor acrescentado para vagas carenciadas. Mas a política do reset não está para isso virada. E portanto prevalece o imobilismo, com medidas tipo merceeiro, como a concentração de urgências e serviços. Faltam profissionais? Reduz-se a oferta.

 

Mas a política do reset tem instrumentos ideológicos indisfarçáveis. Um deles é a velha questão dos “pactos de regime”, a crer no afirmado, acordos transversais que a serem concretizados resolveriam disfunções e obstáculos. A lengalenga tem longas barbas, dita e redita oportunisticamente por políticos do arco da governação, por presidentes da república, jornalistas ou comentadores encartados.

 

 

 

 

A metodologia de uma negociação envolvendo profissionais, correntes de opinião, parece evidente. O passo e a orientação pareceriam tão óbvios, que dificilmente alguém entenderia a razão do atraso na solução por falta de espírito negocial.

 

Mas esse acordo nunca esteve presente nas inúmeras propostas que surgem no âmbito sindical ou político-parlamentar por veto sistemático dos partidos do arco da governação. A atual governação não falha por falta de consenso mas sim porque não responde sistematicamente às necessidades, porque baseada na ideologia do negócio em desfavor da ideologia do bem comum.

 

E se na Saúde é assim, o mesmo se passa por exemplo na Habitação. Não faltam propostas sérias e objectivas. Porém quando se não quer aplicar…

 

 

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