14/12/2025, 0:00 h
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OPINIÃO
Por Joaquim António Leal
Truz, Truz!
- Quem é?
- Sou o Futuro.
- Como podes sê-lo se ainda não chegámos lá?
- Este é um recuo no tempo que talvez nunca venhas a entender.
- E ao que vieste?
- Vim tentar compreender o porquê dos teus atos.
- Achas que faço algo mal?
- Não posso dizer-te. Ao presente não se consente que veja o amanhã.
- É pena! Eu poderia corrigir-me e evitar dissabores maiores.
- E precisas de ver o futuro para isso? Não és tu dotado de capacidades racionais que te permitam antecipar os resultados do que fazes?
- Sim, mas …
- Mas, o quê? Tu conheces as leis gerais do Universo: todo o ato gera alguma espécie de consequência.
- Mas será o futuro assim tão mau?
- Talvez seja pior do que imaginas, e mais não digo. É o máximo que me permitem desvendar-te.
- Vá lá! Abre uma exceção! Suplico-te.
- Vocês costumam dizer que o futuro a Deus pertence, o que é um logro. Acreditar nisso apenas serve para vos desresponsabilizardes. O futuro regula-se em cada ato cometido nos vários instantes do tempo presente; nada acontece por acaso.
- Entendo. Finalmente entendo que temos andado todos a condicionar erradamente o que há de vir. Afinal o Futuro está perante nós e só não o vemos porque insistimos em fechar os olhos sempre que surge alguma luz.
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