Por
Gazeta Paços de Ferreira

11/10/2025, 9:08 h

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Um Clássico Sem Balizas

Desporto Opinião Pedro Queirós

DESPORTO

Muito se jogava no FC Porto vs Benfica. A superioridade do FC Porto de Farioli, que só sabia vencer; as possibilidades do Benfica de ainda lutar pelo título; a fragilidade da presidência de Rui Costa.

Por Pedro Queirós

 

Por se jogar tanta coisa ao mesmo tempo, o resultado só podia ser um… 0-0. Com tantas variáveis, o jogo fez-se sempre longe das balizas. O primeiro remate enquadrado foi de livre direto, aos 33 minutos, por Sudakov. E o Benfica não fez nenhum remate em bola corrida…

 

Só depois dessa tentativa é que o FC Porto conseguiu criar perigo por Pepê, Francisco Moura e Gabri Veiga. Perigo a sério, duas bolas na barra: um corte de Kiwior que ia dar autogolo e Rodrigo Mora já em cima dos 90’.

 

Muito pouco… se o Sporting vs FC Porto foi um dos melhores clássicos dos últimos tempos, este foi fraquíssimo. Taticamente foi rico, principalmente para quem gosta de analisar o jogo e para quem quer aprender como anular o adversário. Foi isso que os treinadores pretenderam, Mourinho principalmente, até porque partia atrás em toda a linha e Farioli, no decorrer do jogo, quando percebeu que não estava a conseguir desmontar o bloco benfiquista.

 

 

 

 

No final, e por muito que se diga, é um empate que serve aos dois. O FC Porto mantém a distância para os rivais, segue sem derrotas e, moralmente, sai com o pensamento de que fez bem mais para ganhar do que o adversário. O Benfica é a primeira equipa a travar o FC Porto, continua vivo na luta pelo campeonato e é uma equipa em crescimento com o novo treinador. Os treinadores foram claros quanto a isto no final do jogo. Até Rui Costa ganha uns pontos nesta altura da corrida eleitoral. Uma derrota, com o maior rival, que o deixava a sete pontos do primeiro lugar seria um prego no caixão.

 

Mas pede-se bem mais. Tanto a um como a outro. Tanto milhão investido, tanta qualidade espalhada em campo e dão-nos 90 minutos de luta longe da baliza. O FC Porto não é o bicho papão que se fala na internet (e sinceramente nunca ninguém disse que o era, só mesmo os adeptos do fanatismo) e o Benfica também não é um conjunto de bons jogadores à deriva dentro de campo. Farioli tem um modelo bem definido e ainda não tinha encontrado uma equipa bem montada defensivamente e que priorizasse a anulação da forma do FC Porto atacar. José Mourinho está, aos poucos, a implementar os seus métodos e como ele bem disse, este jogo era, sobretudo, para não perder.

 

 

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