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Gazeta Paços de Ferreira

29/06/2025, 0:00 h

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UMA HISTÓRIA E PERAS!

Cultura Manuel Maia Opinião

OPINIÃO

Vou contar-vos uma história.
Na realidade, só VIVE, na verdadeira asserção da palavra, quem a propósito de tudo e de nada, tem uma história para contar. Felizmente vou tendo: umas actuais e outras de um passado recente.

Por Manuel Maia

 

Há uns anos, deparei-me com um “charuto luminoso”, frente à Igreja Matriz de Paços de Ferreira. Chamei àquilo um “mijadouro para cães”. E pensei: “que diacho, isto é ou não é uma Capital do Móvel?! Se é, merece uma coisa digna de se ver!”

 

Nessa altura tinha boas relações com um Prof./Doutor, Catedrático da Universidade Portucalense, inquilino do “Palácio Cálem”, na Foz do Porto, frente à Praia Homem do Leme. As boas relações mantêm-se, os contactos é que não, porque deixamos de ser vizinhos.

 

Ora bem, eu tinha, em mente, uma ideia em forma de projecto e transmiti-lho, passando, desta forma, a ser um projecto em comum, qual seja: escrevermos um livro de luxo, edição limitada, no máximo 600 exemplares, sobre as 50 maiores empresas de Paços de Ferreira. Guardo comigo o formato desse projecto para lhe dar seguimento se e quando Deus quiser; se e quando estiverem reunidas as condições, e se e quando a A. E. P. F. estiver disposta a colaborar!  Garanto que não há custos para esta Associação, nem para a C. M. P. F.!

 

Esse Prof. exercia, nesse Paço, uma atividade paralela; empresa familiar, ligada, penso eu, à consultoria para assuntos económicos. E tinha, como é óbvio, um grande ecrã eletrónico em cima do muro a dar nas vistas de qualquer cego, tal era o seu tamanho e colorido berrante, fazendo reclame à actividade da referida empresa.

 

Um dia lembrei-me de perguntar-lhe quanto custaria a montagem de um ecrã idêntico na minha cidade, Paços de Ferreira. Ele disse o preço, prontificando-se a tratar de tudo, mas que para além do preço estipulado queria 10% da publicidade exibida. Respondi-lhe que iria apresentar, tal proposta, ao Sr. Presidente da Câmara. Ao que ele de imediato avançou com um convite, para um almoço no “Salão de Jantar desse “Palácio”. Um bom empresário não perde tempo!

 

 

 

 

Transmitido o convite, lá fomos: eu (na qualidade de “pai do projecto” - isto soa-me a dandismo barato. Que estupidez!) o Dr. António Coelho, então, Vereador da Cultura e o Sr. Presidente da Câmara, Dr. Pedro Pinto. Não são meus correligionários, mas quando se trata de “construir” algo de bom para a nossa Terra, podem contar comigo. Porém, se noto destruição, demolição, ou qualquer aberração que contrarie a Lógica, a Verdade ou a Norma, contem com meu desagrado e atrás deste minha fúria e furor.

 

Mas, voltemos à história…

 

Pelo caminho, de regresso a casa, pensamos: - “Se dinheiro para montar o referido ecrã não é problema, então porquê, em honra de que santo, dar-lhe os 10% se é quantia que pode ficar nos cofres da Câmara?” E assim fizemos abortar o acordo. Acordo que terminou antes de começar!

 

Fiquei satisfeito por saber que a história do ecrã foi por diante e em vez do tal “mijadouro para cães” tenham aparecido três ou mais ecrãs espalhados pela cidade.

 

Moral da história: só deve criticar quem for capaz de, verdadeiramente, fazer mais e melhor! Eu critiquei o “mijadouro para cães” porque sabia que era possível fazer algo melhor!

 

 

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