Por
Gazeta Paços de Ferreira

25/01/2021, 23:09 h

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A alimentação, a obesidade e a COVID-19

Mafalda Pereira

Estando a atravessar a pior fase da pandemia no nosso país, é importante relembrar a forte associação que existe entre a obesidade e a infeção pela COVID-19.

A obesidade é o segundo maior preditor de necessidade de hospitalização, logo a seguir ao fator idade, e está associada à necessidade de ventilação assistida, independentemente da existência ou não de outras patologias associadas.

Além disto, atualmente já se percebe que também a probabilidade da permanência de alguns dos sintomas causados pelo SARS-CoV-2, é duas vezes maior em indivíduos obesos e em hipertensos.

Posto isto, a adoção de uma alimentação saudável e o alcance e/ou manutenção de um peso adequado tornam-se ainda mais prementes nesta altura.

É crucial incluir na nossa rotina alimentar, nutrientes que possam melhorar a nossa imunocompetência, nomeadamente vitamina A, C, D, E, selénio e zinco.

Como tal, é aconselhado incluir no nosso dia-a-dia alimentar os citrinos, o quivi, os pimentos, a cenoura, as couves, a batata-doce, os lacticínios e as leguminosas e, ainda, um suplemento de vitamina D, dado que, quer a exposição solar, quer as suas fontes alimentares, são escassas nesta altura do ano.

Sabendo que o nosso estado de saúde de base consegue prever a gravidade da infeção, o emagrecimento não pode ser encarado como secundário.

É mesmo determinante ter um peso saudável e ser fisicamente ativo, até porque, a tríade infeção/confinamento/sedentarismo tem como outro efeito colateral a perda de massa muscular e consequente deterioração do estado de saúde.

Assim, a combinação de uma dieta rica em proteína e a prática de exercício físico é importante para que a diminuição da capacidade cardiorrespiratória e de massa muscular seja atenuada.

A alimentação saudável e equilibrada é fundamental em todas as fases da nossa vida, mas às vezes é necessário um susto para que, de facto, se alterem hábitos alimentares e de estilo de vida.

Esta pandemia deve ser encarada como um alerta e como uma janela de oportunidade para a implementação de rotinas de treino e alimentação

Mafalda Pacheco Pereira

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