03/06/2023, 0:00 h
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OPINIÃO - RELIGIÃO
Comecemos por definir o título.
ESTÓRIAS são contos, lendas e narrativas (Alexandre Herculano que me perdoe) tudo fruto da imaginação de alguns autores. Portanto, pouco ou nada tem de científico.
HISTÓRIA são factos baseados em documentos ou testemunhos credíveis. Logo, tocando a raia da ciência porque aconteceram num tempo certo, local exacto, em circunstâncias bem definidas, e são matéria de grandes estudos, análises, ensaios e teses.
RELIGIÕES são, como toda a gente sabe, cultos prestados às divindades. No plural, pois as religiões são muitas e os deuses, também.
Para não sermos muito fastidiosos vamos debruçar-nos apenas sobre quatro religiões: Judaísmo, Cristianismo, Islamismo e Budismo.
Para que não restem dúvidas, sou cristão (mas com muitas dúvidas!). Quer dizer, muito cristão, mas pouco católico, apostólico, romano. Melhor dizendo, um cristão crítico, como deve ser todo aquele que, conscientemente, professa uma religião.
Qual a razão de ser deste tema?
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Primeiro: todas as religiões estão envoltas em mistérios e eu sou, não digo um fascinado, mas uma pessoa muito atraída por tudo quanto é misterioso. Todos somos!
Segundo: em 1971, estava na Guerra do Ultramar e dei por mim a ler “Exodus” que em português é “Êxodo”, e significa “saída”, neste caso “fuga em massa do povo hebreu” a partir do Egipto. Este livro, de Leon Uris, com mais de 800 págs, cativou-me durante largos meses. Que melhor forma para esquecer o flagelo da guerra? Que melhor forma de fuga, daquele ambiente bélico, senão esta de mergulharmos numa boa leitura, durante os raros momentos de descanso. Falarei deste livro lá mais para diante. Ele foi ponto de partida, para outros relacionados com religiões.
Terceiro: a religião, de forma consciente ou inconsciente, sempre esteve presente na vida de todo o ser-humano. Não acredito nos que se dizem ateus e muito menos nos niilistas, porque no fundo, no fundo estes devem acreditar, pelo menos, em si próprios o que, só por si, não deixa de ser uma “crença”, implicando um certo misticismo. E porque é que eu digo isto? Porque desde logo todos nós, sem excepção, buscamos a perfeição. E esta, sendo um “ideal” não se encontra em nós, porquanto “seres imperfeitos”. Portanto a “suprema perfeição”, ideia de que tanto se fala em todas as religiões, está fora de nós. Fora do nosso alcance. É um “ideal”. Pessoa votada à religiosidade é, pois, aquela que persegue o ideal da perfeição. Sou um religioso q.b. Ou seja, um religioso que não abdica dum certo criticismo. Só não critica quem tem certezas absolutas. E eu, sobre este assunto, não as tenho… de certeza absoluta!
Quarto: acredito em Deus/Pai como “causa primeira de todas as coisas”. O “princípio e fim” de tudo quanto existe. Mas não é deste “Ente infinito” que vou falar. E muito menos do “Espírito Santo” que, por mais que me esforce, não consigo entender. No entanto, até pode ser este Espírito que me esteja a ditar as palavras que escrevo, neste momento. Não sei. E como não sei, não falo. Venho falar, isso sim, do Deus/Filho. Cristo. “Fundador” do cristianismo. É este que está mais perto de nós e nós Dele.
Vou seguir, a partir do próximo Artº, a ordem anunciada: Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, Budismo.
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