05/09/2023, 0:00 h
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OPINIÃO
O islamismo nasceu com Maomé, na cidade santa de Meca, Arábia Saudita. Este, Profeta declarou que Deus, a quem chamou Alá, o mandara “combater” todas as outras religiões por serem corruptas e mandara pregar o regresso à adoração do único Deus verdadeiro.
Maomé não sabia ler nem escrever, mas ditou as palavras de Alá, a um seu companheiro/seguidor de nome Abu Bakhr. Palavras que compõem o Corão.
Este livro sagrado da fé islâmica, tem 114 capítulos, ensina os Muçulmanos como adorar Alá, como tratar os outros seres, o que comer, vestir e regras gerais relativas à vida familiar.
Os Muçulmanos acreditam que Maomé foi o último dos grandes profetas de Deus. Para eles, Jesus foi apenas um grande profeta. Maomé era um profeta guerreiro, que acreditava no direito de empreender uma guerra santa, uma jihad, contra os inimigos do islamismo.
A primeira grande conquista de Maomé foi a sua própria cidade, em 622, d. C. Aos 40 anos saiu de Meca, com os seus companheiros, rumo à cidade de Medina. Esta grande migração assinala o início do calendário muçulmano. Reuniu o povo em Medina e atacou Meca que acabou por se render.
A primeira coisa que fez foi abolir todas as outras religiões. Dedicou a Alá o antigo santuário da Caaba, em Meca. Morreu em 632. O seu lugar de líder foi preenchido por governantes chamados califas.
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Os quatro primeiros foram escolhidos de entre o grupo de companheiros/seguidores, mas a linhagem continuou depois disso. Cem anos mais tarde, os califas haviam criado um Império Islâmico que ocupava partes da India, Norte de África e da Península Ibérica.
Conseguiram-no, pela força das armas, através de muitas guerras. Nos séculos XIII, XIV e XV, o Império Islâmico chegou à Índia, China, Mongólia e Leste Europeu.
Durante o século XV, os Espanhóis expulsaram os Muçulmanos, e, anos mais tarde, os exércitos empreenderam as cruzadas com o objectivo de capturar a cidade santa de Jerusalém, devolvendo-a à religião cristã.
Há dois grupos principais na fé islâmica: os Sunitas e os Xiitas. Ambos aceitam os Cinco Pilares do Islamismo e o Corão. Diferem quanto à importância que atribuem aos líderes que se seguiram a Maomé.
Os Sunitas acreditam que, depois de Maomé, os califas eram simplesmente dirigentes eleitos, que seguem os ensinamentos dos quatro primeiros califas depois da morte de Maomé. Cerca de 80% dos muçulmanos são sunitas.
Os Xiitas acreditam que o verdadeiro sucessor de Maomé era o seu sobrinho, Ali, cujos descendentes possuem conhecimentos secretos e têm um lugar especial, como santos ou como líderes. Dão a esses homens o nome de “Imãs”. É grande a sua autoridade. Pregam uma fé fundamentada no Corão tal qual está escrito. Também são conhecidos por ayatollahs.
Eis os Cinco Pilares do Islamismo: 1 – “Shahada”, o princípio básico da fé é: “Só Deus é Deus e Maomé o único profecta”; 2 – “Salat”, os fieis têm que rezar, virados para Meca, ao alvorecer, ao meio-dia, a meio da tarde, ao poente e à noite; 3 – “Ramadão”, os Muçulmanos não podem comer, beber ou fumar, do nascer ao pôr do sol, no mês do Ramadão; 4 – “Zakat”, os Muçulmanos devem dar cerca de 2,5% dos seus rendimentos e de algumas outras espécies de bens para fins de caridade; 5 – “Hajj”, um muçulmano se física e financeiramente apto, deve ir a Meca pelo menos uma vez.
Termino com palavras que li em “ESCRITOS DO CRESCENTE” do arabista Adalberto Alves: “A portugalidade não pode ser entendida sem a herança que recebemos dos nossos parentes árabes, herança essa que, de tão profunda, ainda permanece e continua a marcar-nos, desde a Genética até à Língua, facto que trouxe até nós o Oriente”.
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