18/10/2023, 0:00 h
1053
Opinião Opinião Politica Partido Socialista
Por Hugo de Sousa Lopes (Membro da Comissão Política Concelhia do PS)
OPINIÃO POLÍTICA
A discussão da solução Ferroviária, como elemento central para o desenvolvimento da região do Vale do Sousa, começou em 2015, por membros do PS de Paços de Ferreira encabeçados por Humberto Brito. Os benefícios eram mais que óbvios, pelo que restava a confirmação da exequibilidade técnica e orçamental. Para tal, foram consultados especialistas que confirmaram o potencial de implementação desta medida neste território, ao que se seguiu a colocação do assunto na agenda política, tendo o PS apresentado esta medida como uma das suas bandeiras desde as Autárquicas de 2017.
Lamentavelmente, esta não foi uma proposta que tenha merecido a concordância da oposição neste concelho. Recordo-me de algumas intervenções infelizes na comunicação social e mesmo em Assembleias Municipais, quer a exigir ver “alguns parafusos” com brevidade, quer ensaiando a menorização da ferrovia em comparação com o uso da viatura individual – vá-se lá saber porquê. Nada de novo no PSD, onde vem imperando a ideia miserabilista de se opor a tudo e um par de botas, em vez de se alinhar pelo interesse público e da população do concelho.
ASSINE A GAZETA DE PAÇOS DE FERREIRA
A ideia maturou e fez o seu percurso mais cedo do que se esperaria. Afirmou-se pela menção no Plano Nacional de Investimentos, enquadrada nos estudos necessários à expansão e reforço da rede ferroviária. E confirmou-se no passado dia 3 de Julho com o lançamento do concurso público para o projeto da linha ferroviária do Vale do Sousa que colocará Paços de Ferreira a 35 minutos do centro do Porto.
Mas outra oportunidade se afigura: o projeto da Linha de Alta Velocidade de Trás-os-Montes, que apresenta uma proposta complementar de ligação de alta velocidade Lisboa-Madrid, pelo Porto e Bragança. Esta proposta reveste-se de viabilidade, pois, para além de reduzir em perto de uma hora o tempo da ligação Lisboa-Madrid via Elvas, estará menos dependente da boa vontade espanhola na construção da continuidade da linha, já que usa a rede preexistente que passa em Zamora. Tal projeto assume uma estação precisamente em Paços de Ferreira.
Estas oportunidades de futuro exigem uma maturidade elevada no debate político local das grandes alterações que serão necessárias realizar não só na garantia de estações adequadas em segurança e funcionalidade, nas condições de acessibilidade às mesma e nas respostas intermodais que garantam uma verdadeira política do “last mile”, ou último quilómetro, que se pretende que assegure respostas para uma efetiva proximidade de todos os cidadãos do concelho a esta infraestrutura fundamental, garante, também, de coesão social.
Opinião
17/08/2025
Opinião
13/08/2025
Opinião
11/08/2025
Opinião
10/08/2025