06/07/2025, 0:00 h
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Opinião Opinião Politica Partido Social Democrata Teresa Paula Costa
OPINIÃO POLÍTICA
Por Teresa Paula Costa (Membro da Comissão Política Concelhia de Paços de Ferreira do PSD)
A resposta social ao envelhecimento está maioritariamente garantida pelas IPSS – Instituições Particulares de Solidariedade Social – que, silenciosamente, prestam cuidados a milhares de idosos em todo o país. No entanto, estas instituições enfrentam uma realidade dura: dificuldades financeiras crónicas que exigem uma gestão cada vez mais profissionalizada.
As IPSS são, em muitos casos, o único apoio disponível para idosos que perderam autonomia, vivem isolados ou têm famílias sem condições para os acompanhar. Seja através de lares, centros de dia, centros de convívio ou apoio domiciliário, estas instituições asseguram serviços essenciais que garantem não só a sobrevivência, mas também a dignidade dos mais velhos.
Mas a verdade é que muitas IPSS vivem com o “coração cheio e os cofres vazios”. O financiamento público é insuficiente. As comparticipações dos utentes não cobrem os custos reais, e os donativos privados são irregulares e imprevisíveis. São instituições que sobrevivem com base no voluntarismo, na criatividade para “esticar” os recursos e no esforço de equipas sobrecarregadas.
Muitas IPSS são dirigidas por pessoas de enorme boa vontade e compromisso social, mas sem formação específica em gestão, planeamento estratégico ou administração de recursos humanos, conseguindo, assim mesmo prestar um serviço de qualidade nas diferentes respostas sociais
Se queremos uma sociedade que respeite os seus idosos, temos de começar por valorizar quem cuida deles. Isso implica um reforço de apoios públicos, mas também uma nova cultura de gestão e inovação no sector social.
Há necessidade de integração de mais profissionais para corresponder às novas exigências legais e sociais e os recursos financeiros são parcos
O poder local tem aqui a possibilidade de apoiar as famílias e os idosos, estabelecendo parcerias estratégicas com as IPSS, colaborando com pessoal especializado (como fisioterapeutas, por exemplo) entre outros apoios.
As IPSS precisam de reconhecimento político e social.
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