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Gazeta Paços de Ferreira

06/12/2025, 10:52 h

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O Futuro É Hoje

Desporto Opinião Pedro Queirós

DESPORTO

Ser campeão da Europa e do Mundo… o sonho de qualquer atleta. Os sub17 portugueses conseguiram vencer os dois títulos num espaço de poucos meses.

Por Pedro Queirós

 

O que é que isso significa para o futuro? Muito pouco, é certo. Até porque se virmos a lista dos premiados como melhor jogador da competição nos últimos anos, poucos são aqueles que vingaram.

 

Mas não é por isso que o título tem menos valor ou que esse prémio não deve ser valorizado… até porque o premiado desta edição foi o português Mateus Mide e tivemos em Romário Cunha o melhor guarda redes.

 

É óbvio que olho para estas conquistas com otimismo para o futuro. Estes craques podem ser a base da seleção A do futuro, mas é preciso que a sua integração no futebol sénior seja feita com cuidado e, sobretudo, sem medos.

 

A qualidade deve ser premiada e não há que ter medo de apostar na juventude. Contudo, também não devem ser atirados aos leões para se queimarem à primeira e serem encostados.

 

Também admito que grande parte desse trabalho tem que ser feito, individualmente, por cada um destes campeões. Manter os pés assentes na terra e continuar a desenvolver o trabalho que os levou até estes títulos é a base daquilo que eles serão amanhã.

 

 

 

 

É normal que jovens de 17 se deixem levar pela “fama” e se sentem à sombra de duas medalhas douradas que carregam ao peito. A idade é assim e eles não são diferentes por serem jogadores da bola. 

 

Os clubes também têm logicamente o seu peso. Todos sabemos o que tem acontecido nos últimos anos às jovens promessas portuguesas… todos os jogadores que integraram esta convocatória para o campeonato do mundo jogam em clubes portugueses.

 

É importante que não sejam vendidos ao primeiro rolo de notas que seja apresentado por eles. O nosso campeonato carece de qualidade e, sobretudo, de jovens portugueses. Rodrigo Mora vai resistindo, Quenda já tem contrato com o Chelsea e Roger já está nas Arábias. Até Diogo Nascimento, que se destacou na segunda liga, está na Grécia.

 

Agora é tempo de festejar. Celebrar a conquista do mundo. Amanhã já é dia de trabalho para preparar o futuro. Até porque, para o bem desta geração vencedora, o futuro é hoje.

 

 

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