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Gazeta Paços de Ferreira

07/03/2024, 0:00 h

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POLITICANDO - (II)

Manuel Maia Opinião

OPINIÃO

Hoje vou falar sobre a minha terra: Seroa. Ora acontece que esta terra não é minha! Minha é a emoção, a afeição, o sentimento que eu sinto por ela!

Por Manuel Maia

OPINIÃO

 

 

Falei muito, no meu último artigo, sobre o Concelho de Matosinhos. Não admira, pois vivi nesta cidade quase 30 anos. Uma vida! Ademais, é lá que tenho os melhores pedaços da minha alma: dois filhos e duas netas!

 

 

Hoje vou falar sobre a minha terra: Seroa. Ora acontece que esta terra não é minha! Minha é a emoção, a afeição, o sentimento que eu sinto por ela!

 

 

Esta Terra é dos nossos pais e avós. Foram eles que fizeram de Seroa o que ela é hoje. Por isso, chamei a esta gente: “HEROIS DA MINHA TERRA”.

 

 

Seroa, para mim, mais do que uma Terra, é um Sentimento. Só pode dizer isto quem nasceu cá, deu aqui os primeiros passos, disse as primeiras palavras, aprendeu as primeiras letras, sofreu as primeiras paixonetas, escreveu os primeiros poemas…e, vá para onde for, é Seroa que leva consigo no coração!

 

 

“Nós-outros” limitamo-nos a desfrutar aquilo que os nossos antepassados nos deixaram! Dizer o contrário é mentir! E ouvir migrantes dizerem que sentem Seroa como sua, é uma farsa!

 

 

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Quando o Sr. Presidente da Junta, Dr. Rui Barbosa, logo a seguir à tomada de posse do seu primeiro mandato, anunciou que iria fazer da Escola da Poupa um “Polo Cultural”, fiquei muito satisfeito, fico sempre quando o tema é Cultura, por isso, imediatamente lhe pedi uma audiência que ele, gentilmente, me concedeu no seu escritório e, ali, prontifiquei-me encher uma das paredes, desse Museu com a história do Monte do Calvário, ou seja, escrituras de todos os terrenos envoltos da Capela. Como eu tinha passado dias, semanas, meses no Arquivo Distrital do Porto, à Rua das Taipas, procurando esmiuçar estes dados, nada me custaria facultar-lhos. Agradeceu, mas disse-me que não era bem isso que tinha em mente. O que pensava fazer daquele espaço era um “Museu Arqueológico com Alfaias Agrícolas”. Aceitei a ideia. Ela vem ao encontro daquilo que acabo de escrever: quem fez de Seroa o que ela é hoje foram os nossos lavradores, pedreiros, trolhas, carpinteiros, marceneiros, madeireiros, lenhadores, ferreiros e artes quejandas, incluindo pessoas indiferenciadas que “deram o litro” na macadamização das nossas estradas. Logo, é a esta gente que nós devemos o que somos hoje. Prestar-lhes homenagem, seja de que forma for, nunca será demais. Mesmo assim, o Sr. Presidente, aceitou ficar com as escrituras do terreno da Residência Paroquial. Terreno que pertencia à minha tia Luzia. “Cedido” para esse efeito. Tal como os terrenos do Salão Paroquial e Casa de Sessões da Junta foram “cedidos”, única e exclusivamente, com essa finalidade. Assim consta nas escrituras notariais. Sei que a palavra “ceder” não entra na cabeça de muita gente. Gente acéfala, naturalmente. Pois bem, terei muito gosto em falar sobre “a semântica da cedência” em próximo futuro artigo, se para tal for provocado.

 

 

Estou de acordo com aqueles que afirmam que Seroa é uma “Terra de Encanto e Beleza”. Mas se estes predicativos se devem à Natureza… a sua importância deve-se aos Seroenses.

 

 

Falarei no próximo artigo da relação entre Religião e Política.

 

 

 

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