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Gazeta Paços de Ferreira

12/10/2025, 0:00 h

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O MAL está cá (III)

Cultura Manuel Maia Opinião

OPINIÃO

"Nós aprendemos mais abrindo os olhos do que abrindo a boca."

Por Manuel Maia

 

Terminei o meu último artigo dizendo:

“As ditaduras aumentam, enquanto as democracias diminuem!”

 

E atribuí este facto à implementação das guerras, ou primeira causa do incremento belicista. As eleições servem para impedir este, lamentável, estado de coisas, ou seja, evitar que partidos extremistas tomem as rédeas do Poder. Só, assim, poderemos evitar as guerras. Cabe, aqui, um veemente apelo ao voto. Façam do voto a vossa arma! Votem. Não entreguem o futuro dos vossos filhos ao acaso.

 

Não quero que acreditem no que vos digo, mas quero que acreditem naquilo que os vossos olhos veem. E se os vossos olhos virem o mesmo que eu vejo, aquilo que vos digo não será mentira nenhuma. Nós aprendemos mais abrindo os olhos do que abrindo a boca. Vemos países, verdadeiras superpotências, a quererem impor sua supremacia a torto e a direito a países pacatos, pacíficos, nada belicosos e tão pobres, tão pobres que mal têm dinheiro para comer, por conseguinte, muito menos para gastar em armamento.

 

Isto leva-nos a reflexões profundas a pontos de cada um de nós perguntar: será que o mundo dos homens está a acabar, ou serão os homens que estão a acabar com o mundo? Será que a raça humana está em vias de extinção?

 

Dúvidas e perguntas que, perante a confusão dos tempos em que nos coube a sorte viver, são mais que pertinentes. No meio de tanta confusão recordo palavras de Mahatma Gandhi, que foi a alma do movimento da independência nacional da Índia, este filósofo/filantropo/humanista/humanitário (escolham o melhor epíteto) baseou sua acção no princípio da não-violência. E, por ironia do destino: foi assassinado! Esta “Grande Alma” (significado da palavra Mahatma) disse: “o que mais me impressiona nos fracos, é que eles precisam de humilhar os outros, para se sentirem fortes”. Acaso não será isto mesmo que se passa nos países subdesenvolvidos? Não vou citar nenhum em particular porque são todos. Acaso não terá sido isto que os olhos de Gandhi viram quando percorreram a Índia de norte a sul? E, claro, como diz o povo: a alma sente o que os olhos veem!

 

 

 

 

Sei que nesta fase, de campanha eleitoral, há um preceito legal que me impede de falar, abertamente, sobre tendências partidárias. Tal, porém, não me impede de traçar, genericamente, o perfil de um bom líder autárquico. Assim, entendo que um bom líder deve:

 

1 - Ser responsável, próximo dos seus munícipes, isto é, interessado em escutar e capaz de comunicar, ou seja, criar empatia com as pessoas, saber ouvir, abrindo na sua agenda tempo para escutar os cidadãos nas ruas, nas instituições ou nos locais de trabalho, porque uma escuta activa permite perceber as necessidades imediatas, mas também os anseios profundos das populações, e isto, não só na fase de eleições, mas durante todo o mandato.

 

2 - Deve promover o desenvolvimento sustentável, a inovação e a qualidade de vida da população.

 

3 - Deve ponderar cada decisão, com muito bom senso e com ética, sempre tendo presente o bem comum. Um presidente responsável assume compromissos, enfrenta as responsabilidades, as consequências das suas decisões e presta contas de forma transparente.

 

Camões dizia: “tudo deve estar na ideia em forma de projecto”. Logo: todo o projecto deve ser transformada em acção. Digo eu.

 

 

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