11/09/2025, 10:27 h
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Destaque Editorial Álvaro Neto
EDITORIAL
Por Álvaro Neto (Diretor da Gazeta de Paços de Ferreira)
Entramos num período intenso de preparação das eleições autárquicas, marcadas para 12 de Outubro.
Relativamente às eleições anteriores, de 2021, surgem algumas “novidades”, que merecem referência, pelas consequências que podem vir a provocar (ou não) ao quadro político actual:
- A saída, forçada por termo de mandatos, de Humberto Brito, que “marcou” os últimos 12 anos à frente do Executivo Municipal;
- A apresentação de uma formação de independentes, “saídos” dos socialistas dominantes no Executivo, na Assembleia Municipal e nas freguesias, embora apenas concorrentes à Câmara e à Assembleia Municipal;
- O “reforço” do Partido Social Democrata na sua coligação com o CDS/PP;
- O “alargamento” da participação da Iniciativa Liberal à Câmara e a três freguesias;
- A “entrada” pela primeira vez de o Livre, restricto à Câmara, Assembleia Municipal e a uma freguesia
- Apresentação de uma lista de independentes à freguesia de Lamoso
Terá também interesse verificar-se a implantação autárquica do Chega, que nas últimas eleições legislativas se posicionou em terceiro lugar, com 6681 votos, correspondentes a 19,35%, após a AD com 12.038 votos – 34,86% (que recuperou a tradicional hegemonia legislativa no concelho) e o Partido Socialista com 8923 – 25,84%.
No entanto, estas eleições autárquicas, como todas as outras têm sido, serão determinadas mais pelo papel que os candidatos vão exercer nas opções dos eleitores, pela sua proximidade, pelo conhecimento das suas qualidades, intervenção na vida social, obra realizada a favor da comunidade e anterior prática autárquica.
Nelas as opções políticas são muito subalternizadas.
A campanha vai ser muito intensa, a atentar no que tem sido o debate nos últimos tempos nos órgãos institucionais e nas redes sociais
Os programas serão vastos, mas receia-se que de escassa leitura.
A discussão do passado ocupará mais tempo que o necessário para assentar o futuro?
Aguarda-se que estas eleições tenham a virtude de trazer para a agenda pública importantes temas para a vida e bem-estar das populações, como a mobilidade interna e externa, a alternativa CIM Tâmega e Sousa/Área Metropolitana do Porto, habitação, arrendamento acessível para jovens, fixação dos jovens, ensino tecnológico, cultura, apoios sociais, nomeadamente à 3ª idade, como se escreveu aqui a propósito das eleições autárquicas de 26 de Setembro de 2021.
(Para se continuar, ainda mais, à espera da passagem das palavras aos actos?).
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