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Gazeta Paços de Ferreira

12/06/2025, 0:00 h

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REYMONDA - OS PÉS DAS PEGADAS - XV

Freguesias Raimonda

FREGUESIAS

Função Residencial  - " Vindo" da freguesia de Lustosa, pelo sítio da Costa Velha, o Caminho das Barreiras atravessava todo o lugar de seu nome, flanqueava o da Igreja e terminava no Largo onde esta se situava. Também da freguesia de Lustosa, a cota mais baixa, " vinha" a Estrada Municipal.

 

Um dos seus troços bordejava a área povoada da mancha agrícola de Casais/Rosende, servia os lugares da Dobadoura e Cerdeiras e desembocava naquele mesmo Largo. Outro troço seguia pelo sopé do Outeiro até às matas de Groute, atravessava a mancha agrícola de Agra e acedia ao núcleo de Parada. A Estrada Nacional, "vinha" da freguesia de Figueiró e penetrava em S. Pedro, pelo lugar das Tutinas. Seguia pelo Carvalhido e flanqueava o Largo e lugar da Igreja. Passado o de Soutelinhos, "entrava" em Lustosa e ia entroncar na Estrada Nacional de Penafiel a Vizela. O Largo da Igreja, neste contexto espacial, apresentava-se como o Nó Radial da rede viária de S.Pedro e da freguesia. 

 

Nos lugares com feição agrícola,  dominavam pequenas habitações unifamiliares, separadas entre si por pequenas hortas/quintais. As mais pobres, que não eram poucas, dispunham apenas dum piso, em terra batida. Normalmente, eram de renda ou cedidas gratuitamente, por esmola ou em função de serviços que os residentes prestaram ou prestavam aos seus titulares. As de melhor traça,  salvo uma ou outra dispersa, situavam-se nas imediações do lugar da Igreja e dispunham de dois pisos. Eram, quase sempre, habitadas pelos seus proprietários  que,  no piso térreo e de forma, nem sempre consequente, exploravam ou davam á exploração algum negócio. Umas e outras contrastavam, por um lado, com a imponência das dos proprietários ricos e, por outro, com a complexidade orgânica e funcional das dos agricultores caseiros. 

 

 

 

 

Como facilmente se depreende, o povoamento em S.Pedro fazia-se, com grande predominância,  nas vertentes e junto ao vale, voltadas a W. Aí se implantavam 80% das unidades residenciais. Eram os lugares situados a meia encosta, que apresentavam povoamento mais intenso.  Estavam neste caso o lugar das Barreiras, com 33 unidades residenciais, e o da Igreja com 21%. A estes lugares e aos da Dobadoura e Cerdeiras,  pertenciam 72% das unidades residenciais deste agrupamento.  As restantes, em número de 27, localizavam-se junto ao vale, no pólo agrícola de Casais/Rosende. 

 

Para lá da EN, por toda a área voltada SE, ficavam pequenos pólos residenciais, com dominância agrícola, nos lugares do Outeiro, do Reguengo e da Agra. Eram ao todo 13 unidades residenciais. Também, junto ao eixo da mesma, o povoamento era escasso. Desde Figueiró até ao Largo da Igreja, implantavam-se 12 unidades residenciais. Oito pertenciam ao lugar do Carvalhido e as restantes aos de Tutinas e Portelas. 

 

Era nos lugares integrados nas manchas agrícolas que se concentravam as ocupações ligadas à função agrícola. Neles, residiam 73% do conjunto dos proprietários, agricultores e jornaleiros de S.Pedro. Todos os maiores proprietários e 89% dos agricultores viviam aí. A excepção estava no grupo dos jornaleiros que, maioritariamente, residiam nos lugares contíguos àqueles. Alguns desses lugares, contavam com um número diminuto de habitantes que, só ou quase exclusivamente, tinham ocupação agrícola. Era o que acontecia no Outeiro, nas Tutinas, no Reguengo e na Agra. No pólo agrícola de Casais/Rosende e na área da Igreja que "pendia" para o do Outeiro, é que a concentração das ocupações agrícolas mais se acentuavam. No primeiro, estavam 33% dos " Chefes de Família " com essa ocupação e representavam 68 % dos activos aí residentes. No outro, estavam 20% e representavam 42%.

 

 

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